_Fiz entrevista exclusiva com meu colega Fabrício Peçanha, eleito diversas vezes o melhor DJ do Brasil, para o portal DotMag. Tocaremos juntos no 5uinto desta semana


Hopper - Você é um dos pioneiros na divulgação da música eletrônica no Sul do Brasil. Hoje a cena por lá parece estar totalmente consolidada. Ao que se deve isso?


Fabrício Peçanha - Isso se deve a um trabalho feito há anos por pessoas que amam a música e trabalham sério por isso.


Hopper - Você vai lançar seu primeiro álbum como produtor, ou seja, com músicas próprias. Como estão os preparativos? Sabemos que tem um remix do DJ/produtor alemão Robert Babicz.


Fabrício Peçanha - Isso. Estou produzindo músicas há bastante tempo, e acho que já tem trabalho pra lançar um álbum. Quero mostrar o que fiz durante esse tempo, minha "piras" aqui. Espero que o pessoal goste. Já mandei músicas pra alguns produtores que admiro e todos curtiram muito, inclusive quiseram fazer alguns remixes.

Hopper - Você baseou seu som em algo que não é exatamente algo comercial e pop como outros DJs que tocam em boates e ainda assim talvez continue sendo o maior nome nacional da atualidade. É um trabalho admirável, tendo em vista que a grande maioria dos DJs hoje em dia toca um som mais comercial. Qual seria a fórmula para se manter no topo sem apelar para isso?


Fabrício Peçanha - Acredito que minha experiência me ajuda muito. Toco há muito tempo e já passei por vários tipos de pista, então acredito que tenho facilidade para ter essa leitura de pista. Tento fazer um som que agrade, mas sem cair na "bagaceirice", sem ter que tocar som que todos conhecem. Consigo dar a minha cara no som, mas sem apelar.


Hopper - Já vimos em algum lugar que você vai ser um dos sócios da filial do super club espanhol Space no Brasil. Como surgiu isso?


Fabricio Peçanha - O convite surgiu através do General e do Herlon, sócios fundadores da Space aqui no Brasil. Eles estão no mundo dos eventos há anos e já trabalhamos muito juntos...Existe uma admiração dos dois lados e eles acharam interessante fazermos essa parceira para cuidarmos da parte artística do club, aí entramos eu e o Rodrigo Paciornik (percussionista do projeto Life is a Loop) no time.


Hopper - Qual a expectativa para tocar no 5uinto, em Brasília, que é uma noite famosa no Brasil inteiro por causa da qualidade musical exigida dos artistas que se apresentam? 


Fabrício Peçanha - Sempre tive vontade de tocar no 5uinto. Sempre ouvi falar bem da balada e sou super curioso pra conhecer. Admiro e respeito as pessoas que fazem algo pela música e não apenas pelo dinheiro. Toco em lugares assim com prazer e ajudo o que posso por isso, porque estou nessa pelo mesmo motivo: amor à música.

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